Temida FDN nasceu em 2012 no Amazonas sob o olhar do Governo

AMAZONAS | Uma das facções criminosas mais atuantes no Brasil de hoje, alvo de polêmicas que envolvem desde campanhas políticas a verdadeiros “banhos de sangue” dentro e fora do sistema penitenciário do Amazonas, se estruturou, na verdade, ainda em 2012, sob o olhar do governador do Estado à época, o hoje senador Omar Aziz.
Omar, apesar de não ter demonstrado no passado o interesse real em desarticular a “Família”, recentemente, em um de seus programas políticos, voltou a levantar a bandeira de combate ao crime organizado como sua principal plataforma. Tudo parte de um  processo eleitoral disputado, aonde a cadeira que está em jogo é o mais alto cargo no poder executivo do Amazonas.
Recortes de jornais da época mostram que, já naquele momento, os sinais eram claros de que, se nada fosse feito, a forma organizada que atuam, espalhados em centenas de tentáculos menores, agindo como soldados na periferia das cidades da capital e interior, o descontrole seria inevitável.
O Jornal A Crítica, impresso mais importante da cidade à época chegou a anunciar em sua manchete do dia 6 de Agosto de 2012, a criação do que eles chamaram inicialmente de “Primeiro Comando do Norte (PCN), que mais tarde se transformou no que conhecemos como Família do Norte (FDN).
Segundo a reportagem, os bandidos do Amazonas se reuniram para criar a facção com o objetivo de frear o avanço na região Norte do país de outra organização, com origem em São Paulo, o “Primeiro Comando da Capital (PCC)”.
Passados 6 anos, e por não ter sido combatido desde 2012 de forma correta, a FDN tomou conta dos presídios do Estado, foi responsável pela maioria dos assassinatos na disputa pelas drogas e provocou o maior massacre da história do País em presídios, que ocorreu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
O poder deles é tão grande hoje que a Polícia Federal, durante a operação “La Muralha”, em 2015, apreendeu um computador, dentro de um presídio no Amazonas, com um sistema de cadastro contendo 200 mil nomes de associados da organização criminosa.
Já naquela época, os criminosos José Roberto Fernandes, o “Zé Roberto da Compensa”; o irmão dele, Cloves Fernandes; João Pinto Carioca, o “João Branco”, e Gelson Carnaúba, o “Mano G”. Todos cumpriam pena em unidades prisionais, mas já comandavam negócios como tráfico, assaltos e execuções.
A organização criminosa, segundo informações obtidas pelo jornal A Crítica junto à polícia, estava comprando armamento de grosso calibre (metralhadoras e pistolas) e já tinha planos de tirar de circulação quem tentasse atrapalhar seus interesses. O promotor Raimundo David Jerônimo, que atuou no julgamento de Gelson Carnaúba, no qual foi condenado a 120 anos de reclusão pela morte de 13 detentos e um agente penitenciário, na chacina do Compaj em 2001, era um dos marcados para morrer.
A reportagem também afirma que o PCN demarcou a cidade de Manaus, para que cada comando criminoso atuasse em áreas específicas. E que a organização já funcionava, naquela época, como uma espécie de consórcio do tráfico de drogas, enviando grandes somas de dinheiro para os traficantes da Colômbia e do Peru. José Roberto comanda o tráfico na zona oeste e tinha como base o bairro da Compensa e era responsável pelo abastecimento em cidades das Regiões Norte e Nordeste, e de lavar o dinheiro com times de futebol, lojas de carro, bandas de forró e hotéis de turismo.
O trio juntou as forças, sob a tutela dos traficantes cariocas do Comando Vermelho (CV) e dos traficantes paulistas do Primeiro Comando da Capital (PCC), para aumentar o poderio da organização criminosa na Região Norte, controlando, inclusive, o tráfico de armas. A rota da cocaína, com as forças da organização, ganhou poder pelo Rio Solimões, para escoar a rota internacional.

Fonte: O PODER 
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