SÃO PAULO - O juiz Sergio Moro aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública . A informação foi confirmada por meio de nota divulgada no fim da manhã desta quinta-feira, após reunião na casa de Bolsonaro, no Rio .
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Moro afirmou que vai se afastar das audiências da operação que já estão marcadas para "evitar controvérsias desnecessárias". Isso significa que ele não vai ouvir o interrogatório do ex-presidente Lula na ação que apura reformas feitas por empreiteiras no sítio de Atibaia, interior de São Paulo.
A audiência com o petista está marcada para 14 de novembro. Para a defesa do petista, o convite feito por Bolsonaro a Moro já reforçava a tese de que Lula é alvo de uma perseguição política . Em petição entregue nesta quarta-feira, os advogados dizem que Moro vai integrar o governo de um político que prometeu "metralhar a petralhada" e deixar Lula "apodrecer na cadeia".
Na nota, Moro diz que aceitou o convite "com certo pesar", pois terá que pedir a exoneração da Justiça Federal, onde trabalhou por 22 anos.
"No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior."
Assim que Moro oficializar sua desistência do cargo de juiz, os processos da Lava-Jato deverão ser conduzidos provisoriamente pela juíza Gabriela Hardt . Como é uma juíza substituta, Gabriela não poderá assumir definitivamente a vaga de Moro, que é um juiz titular.
Fonte: G1
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