Filme mostra a trajetória de Marcelo D2 até a criação do Planet Hemp

Longa "Legalize Já - A Amizade Nunca Morre" traz a história que deu origem a uma das bandas mais famosas (e polêmicas) do Brasil nos anos 90 Show 989ef986 2af0 4752 b8ca f9feefdb7dde legalizejafoto1 62191cac 0241 403c a308 6cb104f876c0O ano era 1993. Sob um reduto marginalizado no coração do Rio de Janeiro, dois jovens tiveram seus destinos cruzados quase que como um brinde do acaso após uma batida policial. Um deles, o até então ambulante Marcelo Peixoto, vendia camisas de bandas de rock para tentar sobreviver e conseguir encarar uma gravidez precoce. Já o outro, era conhecido pelas ruas como Skunk, músico revoltado com a opressão e preconceitos diários, e que mantinha aceso o sonho de ser reconhecido pela sua arte.
Foi desse encontro que nasceu o que viria a ser o Planet Hemp, uma das bandas que ajudaria a revolucionar a cena musical brasileira nos idos dos anos 90 e fez história ao alçar, o hoje consagrado, Marcelo D2 ao posto de porta-voz do hip hop brasileiro e de um ideal defendido em letras polêmicas. A história por trás da amizade entre Marcelo e Skunk, ganhou formas no filme “Legalize Já - A Amizade Nunca Morre”, que chegou aos cinemas nesta quinta-feira (18).
A obra traz os atores Renato Góes e Ícaro Silva interpretando os protagonistas. O filme conta ainda com os atores Renata Mandelli, Ernesto Alterio e Stephan Necessian no elenco. A concepção e direção do filme é assinada pelo diretor Johnny Araújo, que teve a ideia de contar a história por trás da criação do Planet Hemp durante uma conversa com D2 em um bar no Rio de Janeiro.
“Um dia a gente saiu pra beber um chopp ali na Gávea e começamos a conversar sobre tudo, até que o Marcelo começou a contar da vida dele antes do Planet e foi aí que ele chegou no Skunk. Ele se emocionou muito e disse uma frase que me pegou: ‘Eu vivo um sonho que não é meu, tudo o que eu conquistei, onde eu cheguei, se não fosse o Skunk eu não estaria aqui’. Isso me fez querer contar essa história”, diz o diretor.
Foram dez anos até o projeto tomar forma. Durante esse processo, Johnny revela que a maior dificuldade foi encontrar quem pudesse dar vida aos protagonistas.“Quando vi o Renato em cena em um filme de um amigo, percebi que ele tinha aquela coisa de sorrir com os olhos como o Marcelo, tinha que ser ele. Já o Ícaro tem uma experiência grande em musical, é um cara talentoso e casou perfeitamente com o Skunk”, diz Johnny.
A história do Planet Hemp segue sendo escrita até hoje, mesmo que sem a presença de Skunk, que faleceu em 1994 vítima de HIV. Para Johnny, a banda conseguiu deixar como legado um grito de resistência ao escancarar temas polêmicos e não se intimidar com a censura.

“O que ficou é um foco de resistência ao que esses caras carregaram. O Planet falar sobre maconha era um modo de causar polêmica, mas se você pega as letras, elas eram mais políticas que só sobre maconha. Cantar aquelas músicas é como um grito de liberdade”, finaliza.
Três perguntas para Johnny Araújo
Acredito que exista uma grande diferença entre fazer filme de alguém que já morreu e de alguém que está vivo, como o Marcelo. Como foi isso pra ti?
- Era o que mais me apavorava e sendo o Marcelo, essa pessoa pública, uma das primeiras coisas que a gente construiu muito com o Renato Góes foi de não tenta imitar o Marcelo. O Renato sofreu muito nesse processo até de fato criar o Marcelo dele.
Falando em Marcelo D2, qual foi o papel dele durante a produção?
- Era um cara preocupado. Quando a gente começou o filme ele parou tudo e se dedicou. Ele preparou os meninos pra cantar, botava eles no estúdio, trouxe o Mário Caldato, produtor americano que trabalhou com os Beastie Boys e ajudou nesse processo.
Como você analisa o Skunk nessa relação?
- O Skunk é um personagem que me emociona muito, ele tinha HIV nos anos 90, então ele sabia que tinha pouco tempo, ao mesmo tempo que era um cara que queria se fazer ouvir. Quem trouxe o Marcelo pra música foi ele.
Fonte: https://www.acritica.com
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