Empresa chinesa que administraria o Nacional nega negociação com clube

Show contrato ok 6017e0e5 32fa 4776 939b 987ff85ecdfbO projeto de terceirização do departamento de futebol do Nacional para uma multinacional chinesa prometia ser revolucionário, mas passou longe disso. De acordo com a Ledman, empresa apontada como investidora no suposto negócio, tal negociação nunca existiu.

Após meses de tentativas de contato com a empresa chinesa, a empresa respondeu aos questionamentos do Portal A Crítica e descartou o investimento no clube amazonense. “A Ledman não tem negociação ou parceria com qualquer clube ou organização no Brasil como já esclarecemos no comunicado anterior”, respondeu a empresa, por e-mail (veja abaixo), apontando o posicionamento apresentado em abril, onde negava a compra do Nacional.
Na época, o Portal A Crítica questionou o presidente do Nacional, Roberto Peggy, que justificou ter havido um problema quanto ao termo apresentado e que a legislação chinesa não permitiria compra, apenas um acordo de terceirização do departamento de futebol. O mandarário do Leão afirmou também, na época, que a empresa emitiria uma nova nota esclarecendo tal situação.

Depois do comunicado, a Ledman não emitiu qualquer posicionamento oficial. Todas as informações sobre o andamento da suposta negociação eram repassadas pelo Nacional e pelo empresário, e então candidato a deputado estadual, Luiz Américo (PR), apontado como responsável por intermediar a negociação entre as partes. Em agosto, já questionado pela reportagem, Luiz Américo reafirmava que a negociação era válida e chegou a encaminhar um documento supostamente emitido pela Ledman para comprovar o contato chinês (imagem abaixo).

A empresa, no entanto, foi enfática após analisar o documento. “Esse documento é falso. Eles falsificaram. Nós liberamos informações da empresa somente através do site, que é o nosso meio oficial de comunicação”, aponta a resposta da Ledman, que não descarta acionar legalmente os envolvidos. “Vamos discutir as próximas etapas com o nosso departamento jurídico”, concluiu.

Respostas
Questionado pelo Portal A Crítica sobre a afirmação da Ledman de que não havia negociação, Luiz Américo afirmou que as tratativas continuavam acontecendo e justificou que a posição da empresa seria para manter o sigilo. “Toda negociação que acontece a nível Brasil e alguns países onde a Ledman tem contrato de confidencialidade e fidelidade entre eles e a BSI, toda tratativa acontece através da BSI”, respondeu.

Américo ainda garantiu que os chineses devem vir ao Brasil entre o fim deste mês e início de novembro para tratar sobre os contratos no País. Questionado sobre a afirmação de que os documentos seriam falsos, o empresário destacou que precisaria entrar em contato com a BSI para esclarecer o assunto. O Portal A Crítica também tentou contato direto com a empresa, mas não teve retorno.

O presidente do Nacional, Roberto Peggy, explicou que todas declarações sobre as negociações estão sendo feitas através do Conselho Deliberativo e que só irá se manifestar após apurar os fatos.

O caso

O ‘sonho chinês’ teve início em janeiro deste ano, quando Luiz Américo anunciou o interesse da empresa asiática em fechar uma parceria com clubes do Amazonas. A parceria contaria com investimento chinês tanto em estrutura quanto no intercâmbio de jogadores da China. A negociação seria feita através da BSI, empresa de agenciamento e marketing esportivo.

No dia 23 de março, os sócios do Nacional realizaram Assembleia Geral Extraordinária e votaram, por unanimidade, a favor da terceirização do departamento de futebol do Nacional. A proposta inicial seria de 20 anos de parceria e a empresa repassaria 1 milhão de dólares ao Leão da Vila no ato da assinatura do contrato. Luiz Américo foi apontado como o representante da empresa BSI na região. A negociação logo virou manchete no país e alcançou até a imprensa internacional.

O primeiro sinal de alerta da negociação surgiu no dia 9 de abril. Nesta data, a multinacional classificou as informações de compra do time como “falsas e deturpadas”. Na época o presidente do Nacional argumentou que a empresa negava apenas a compra, mas que a terceirização seguia em andamento. No dia 7 de junho, o clube convocou uma coletiva de imprensa para anunciar a entrega oficial de contrato de terceirização. No mês seguinte a contraminuta foi enviada aos chineses.

Em agosto, o clima esquentou. No dia 8, o Nacional publicou nota oficial apontando vários motivos que emperraram a negociação, entre eles a falta de documentos oficiais. Luiz Américo divulgou documentos que comprovariam a ligação entre Ledman e BSI.

No dia 4 de outubro, um suposto representante da BSI visitou as instalações do Nacional, justamente três dias antes das eleições.

Fonte: Portal A crítica
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